Procedimentos neurocirúrgicos com colocação de dispositivos estão relacionados a aumento de morbi-mortalidade, Champey et al (2018), a incidência de infecção de sistema nervoso central relacionada a dispositivos pode chegar a 27%. Metanálise publicada em 2015 (Ramanan et al), onde foram avaliados 35 estudos, a incidência foi de 11,4 por 1000 cateteres-dia. No entanto, no Brasil, ainda há carência de dados relacionados a esta condição, que pode ter impacto direto em políticas de prevenção e tratamento.

Critérios de inclusão: Todos os pacientes maiores de 18 anos internados em UTI nos hospitais selecionados durante o período do estudo, sob utilização de cateteres de monitorização de pressão intracraniana e/ou derivação ventricular externa.

Critérios de exclusão:

Diagnóstico de morte encefálica.

a) Objetivo Geral:

Avaliar densidade de incidência, perfil microbiológico, fatores de risco, manejo clínico e custos associados a infecção do sistema nervoso central em pacientes submetidos a implante de cateter de derivação ventricular externa e/ou dispositivo de monitorização da pressão intracraniana invasiva.

b) Objetivos Específicos:

• Descrever as características microbiológicas das infecções de sistema nervoso central relacionadas a dispositivos, considerando a prevalência de microorganismos (multirresistentes ou não)
• Avaliar os fatores de risco para desenvolvimento de infecções do sistema nervoso central na população estudada: associados à instituição, associados ao operador, associados ao paciente
• Descrever práticas de tratamento, com foco em: antimicrobianos (tempo e duração) e manejo do foco (remoção versus manutenção do dispositivo)
• Avaliar custos associados à vigência de infecção
• Avaliar a densidade de incidência de infecção do sistema nervoso central em pacientes submetidos a implante de cateter de derivação ventricular externa e/ou dispositivo de monitorização da pressão intracraniana invasiva, quando utilizados os critérios de definição do CDC (Centro de controle e prevenção de doenças) comparados aos critérios da ANVISA.
• Avaliar os óbitos durante a internação hospitalar e a longo prazo (6 meses)
• Avaliar o desfecho funcional na alta hospitalar e em 6 meses (pela escala de Rankin)

Comitê Diretivo do Estudo:

• Viviane Cordeiro Veiga
• Feres Eduardo Aparecido Chaddad Neto
• Alex Machado Baeta
• Alexandre Biasi Cavalcanti
• Adriano José Pereira
• Beatriz Arns
• Antonio Paulo Nassar
• Bruno Tomazini
• Thiago Lisboa
• Daniela Ghidetti Catarino